Estação Ferroviária de Ponta de Areia - 1881,
Trecho de Ponta a Areia (Caravelas-BA) à cidade Arassuay-MG com 578 Km
Estação Ferroviária de Ponta de Areia, 1881
Estação Ferroviária de Ponta de Areia sendo demolida, anos 70
Estação Ferroviária de Caravelas, 1963
Estação Ferroviária de Caravelas-Bahia, 1881
Estação Ferroviária de Caravelas, década de 80
Carta de posse das terras margeando
as estradas da ferrovia-década de 40, revista O Cruzeiro
locomotiva Maria Fumaça, início século XIX a XX
oficina de manutenção das ferrovias em Ponta de Areia-1881
(atual agência de ônibus da Viação Litoral)
vista interna da oficina da E.F.B.M em Ponta de Areia
Locomotiva Poxichá (movida a óleo diesel), a última a percorrer
os trilhos Ponta de Areia/MG, 1966 foi desativada
(atualmente encontra-se em exposição na
Praça Central de Teófilo Otoni-MG)
vista lateral da locomotiva Poxichá nº 1
Locomotiva Maria Fumaça II (movida a lenha)
Entreposto da E.F.B.M, Distrito de Juerana, 1882
Trecho da Estrada de Ferro em Taquari, 1935
Entreposto da E.F.B.M, Distrito de Helvécia (N.Viçosa), 1882
Ponte da E.F.B.M. em Caporanga-MG, 1881
túnel de passagem das locomotivas para Teófilo Otoni-MG, 1881
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(Ponta de Areia - Arassuay-MG)
"O ÚLTIMO APITO...(trilhos por aqui não passam mais)"
Release
No ano de 1878, o futuro bandeirante
Miguel de Teive e Argolo tomava as primeiras providências para a realização do
seu sonho, que somente em 1881 seria uma portentosa realidade com o início da
construção da Estrada de Ferro Bahia e Minas.
Partindo de Ponta de Areia, subúrbio da cidade de CARAVELAS, em busca da cidade de Teófilo Otoni, o engenheiro baiano Miguel de Teive e Argolo levava ao coração das selvas mineiras o silvo civilizador das locomotivas. A Estrada de Ferro Bahia e Minas estava fadada a ser o sustentáculo da economia caravelense, fortemente abalada com o esfacelamento de sua próspera lavoura, o que sucedeu logo após a abolição da escravatura. Nessa época, o preço para se comprar um escravo já estava altíssimo.
Muitos hão de lembrar-se da estrada de ferro Bahia - Minas, por
onde escoava via marítima, toda a produção agrícola do norte e
nordeste de Minas Gerais e do porto marítimo, onde navios de todas as
origens atracavam; do movimento aéreo intenso no recém construído
aeroporto. "Quem quiser pegar o trem para Teófilo Otoni, tinha
que chegar à estação bem cedo, pois às 4h30 min., a Maria - Fumaça partia”.
Seu Romualdo, o bilheteiro, querido por todos, passava picotando as passagens,
enquanto o maquinista Stuast, um negro benfazejo e sorridente puxava a máquina.
A obra grandiosa do gênio e da perseverança de Argolo foi a
última importante realização do Império no Município de CARAVELAS, herança
valiosa que veio garantir a sobrevivência da antiga vila fundada por D. João de
Lencastre.
Finalmente em 1919, já no fim de sua
gestão, viu Ernesto Caetano de Almeida, coroado de êxito a sua luta. Graças a
ele, foi CARAVELAS beneficiada pela grandiosa realização de Miguel de Teive e
Argolo, iniciada em 1881.
Ponta de Areia, foi talvez a comunidade que mais sofreu com a paralisação desta estrada de ferro. Houve o deslocamento de mais de centenas de famílias numerosas transferidas para as cidades Mineiras: Belo Horizonte, Betim, Divinópolis, Araxá, Ibiá, Lavras e outras mais servida pela Rede Federal, provocando a paralisação dos portos e dos Sindicatos: Estivadores e Carregadores, ficando apenas a exploração dos pescados, como fonte econômica. No entanto seus moradores não tomaram nenhuma providência de protesto aceitando com muito sofrimento e renúncia a sentença que o destino lhes reservou.
A extinção da E. F. B. M. se deu em 1966 por um decreto da Presidência da República tendo como Ministro dos Transportes o Gal. Juarez Távora. As principais causas para essa lamentável decisão foram:
- Desmatamento das margens sem a preocupação do plantio;
- Abertura da Rodovia Rio Bahia, e outras rodovias;
- A madeira bruta passou a ser trazida de grandes distâncias em veículos motorizados aumentando-lhes o custo;
- A falta de manutenção e recuperação das locomotivas, pranchas, vagões, etc.
- O encarecimento do frete devido ao combustível gasto, em alta escala, pelas locomotivas;
- O fechamento das grandes serrarias...
(Fonte: Extraído dos arquivos da Fundação Professor Benedito Ralile)
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