Antigamente, era o "Entrudo" festa de origem europeia. A água, a farinha de trigo, o polvilho e as laranjinhas faziam a alegria de todos que começava na madrugada de Domingo e acabava na zero hora da Terça-feira gorda, pois no dia seguinte era Quarta-feira de cinzas, tempo de penitência.
Devido aos abusos dos foliões que jogavam lama e urina choca em quem passavam nas ruas, o Entrudo foi proibido em 1839. Em 1840, o Rio de Janeiro, assistia o primeiro baile carnavalesco de salão para a elite. O Zé Pereira, surgiu em 1846, onde um grupo de foliões de rua com bumbos e tambores fazendo grande barulho, passavam em bandos, depois das 22 horas de Sábado que antecede o carnaval. Depois surgiram os cordões só de rapazes ou só de moças e em seguida mistos, que desfilavam pelas ruas do Rio cantando e fazendo evoluções e vestidos de fantasias. O carnaval ficou famoso em todo o Brasil com um enorme desfile de carros, alguns com a capota de lona abaixada. Foliões com serpentinas e confetes, cantando e dançando. O lança-perfume veio substituir a laranjinha, mais o abuso como a entorpecente sendo proibido. A primeira escola de samba surgiu em 1928, no Estácio, mas só em 1952, elas se organizaram em sociedades civis, com estatuto e sede: Mangueira, Estação Primeira, Portela, Império Serrano, Acadêmicos do Salgueiro, Imperatriz Leopoldinense, Unidos de Vila Izabel, Padre Miguel e Unidos de São Lucas. O desfile começa com o abre alas que saúda o povo e pede passagem. Depois vem a diretoria da escola, todos com fantasias iguais. As mulheres pastoras ou baianas fazem evoluções. O Mestre Sala e a Porta bandeira, têm um ritual que lembra o minueto dos salões nobres, das cortes francesas e finalmente, vem os cantores e bateria: "Os Acadêmicos".
Caravelas, viveu a época do Entrudo e viu muitos Zés Pereiras, cordões organizados pelo Sr. Rozalino, tocadas ao som do banjo ou do trompete de Zeca de Ramiro.
Os
bailes de clubes eram animadíssimos e havia disputa em animação-orquestra,
fantasia e ornamentação, eram: Clube dos
40, Clube dos Turunas, Mãe Preta e
Vitória. Nos Blocos de rua do Turunas e Vitória, chegando a ponto de entrarem
em guerra constante, para ver o melhor. Os carros alegóricos das alvoradas do
Clube dos 40, às tardes do domingo, e os outros Clubes faziam na aurora do
início do carnaval. Cada Clube se esmerava para ser o mais bonito e mais
animado. O Vitória teve os seus dias de glória, nos blocos, mais foi como um
cometa: nasceu, brilhou e desapareceu. Um dos grandes responsáveis pelos eventos
carnavalescos, sem dúvida, era a família
de dona Maria de Libério, principalmente a Sra. Idalina. O Clube dos 40 se empenhava
na ornamentação do Clube para os
grandes bailes. Nas alvoradas só homens, e nos carros alegóricos com senhoras e
senhoritas obedecendo a um tema conforme as marchas do carnaval do ano. Ficou
na história "A Casta Suzana e
Negra do Cabelo Duro", idealizados pelo Sr. Vanutélio Viana. Nesta
época, no Clube dos 40, só entravam as famílias nobres da cidade. O Clube dos Turunas, no seu tempo áureo,
apresentou os melhores blocos, belíssimas fantasias e os magníficos enredos. As
alvoradas, nem se falam: coreografias
imprescindíveis. Podemos destacar a
frente das alegorias o Sr. Manoel Teixeira Moura (Manoelito), Benedito Coimbra, Benedito Pereira, Sena, Gentil e Benedito Sena. Como dançarinas destacamos, Silvia
Ferreira e a esposa
do Sr. Benedito Pereira, além de muitas outras.
Da década de 20 a idos de 80-90
alvoradas, mine trios,
blocos mascarados, bailes,
ostentação em fantasias,
confetes e serpentinas.
E muita harmonia...
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